quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Botafogo elimina Atlético em MG

Botafogo elimina Atlético em MG
 Novo encontro entre Atlético-MG e Botafogo, nova batalha cheia de gols. Melhor para os cariocas, que arrancaram o 2 a 2 na noite desta quarta-feira, no Independência, e avançaram às quartas de final da Copa do Brasil - na ida, no Maracanã, a vitória por 4 a 2 adiantara o serviço. Eliminar o rival, aliás, é uma sina do Glorioso, que teve êxito nos últimos cinco confrontos de mata-mata (três pela Copa do Brasil e dois pela Sul-Americana).

O Galo esteve à frente do marcador duas vezes, com Marcos Rocha e Fernandinho, mas viu o visitante igualar o placar com Rafael Marques e Dória. Agora, o time de Oswaldo de Oliveira espera o vencedor de Flamengo x Cruzeiro.

O público pagante foi 16.048 para uma renda de R$ 680.605. O estádio viveu clima de decisão, e os torcedores lembraram a conquista da Libertadores, apesar da queda na Copa do Brasil, com gritos de "é campeão", reconhecendo o esforço do time.

Sem Vitinho pela primeira vez, vendido ao CSKA, da Rússia, o Alvinegro sinalizou que pode ser competitivo. O goleiro Jefferson desabafou sobre o assunto logo após a classificação, obtida mesmo com o desfalque e a má atuação de Seedorf:

- Não temos que provar nada para ninguém. Sai e entra jogador, e o Botafogo é o mesmo. Foi uma partida muito difícil, e todo o time está de parabéns. A maioria dos times que vieram jogar aqui na Libertadores tremeu, e nós, não. Colocamos a bola no chão, tivemos tranquilidade, e por isso o bom resultado - analisou.

Réver agradeceu o apoio, lamentou a má sorte e alguns supostos erros do árbitro.

- A torcida fez a sua parte. O torcedor viu que não faltou vontade. Guerrilhamos até onde conseguimos, mas o resultado não veio. Agora é trabalhar e dar sequência no Brasileiro. Não podemos jogar toda a culpa da nossa eliminação em cima do árbitro. Se ele errou, faz parte. O árbitro também é ser humano e tem o direito de errar - ressaltou o zagueiro.

A sequência do Atlético-MG no Brasileiro será contra o Goiás, que teve melhor sorte na Copa do Brasil e se classificou frente ao Fluminense. O jogo será às 18h30m de sábado. O Botafogo recebe o São Paulo no dia seguinte, no Maracanã, às 16h.

Pressão põe o Galo na frente

Um Galo tipo Libertadores. A postura no início da partida relembrou o time ágil e envolvente no setor ofensivo e por pouco não complicou o Botafogo. Foram chances criadas em sequência, quase sempre via bola aérea, em que zagueiros e atacantes mineiros levavam ampla vantagem sobre os cariocas. A pontaria e o reflexo de Jefferson foram decisivos para a abertura do placar.

Com mais posse e menos erros de passe, o Glorioso foi capaz de acalmar o adversário, mas ainda não conseguia fazer sua linha de frente participar. A bola só chegava a Rafael Marques e Lodeiro. Seedorf era nulo. Aos 27, uma falta na meia-lua da área causou ansiedade. Bolívar puxou Fernandinho, que arrancava em direção ao gol, e levou amarelo. Após muita demora, Ronaldinho tentou bater rasteiro, imitando gol seu em 2011, mas parou na barreira.

Mas era muita pressão. Dez minutos depois, Fernandinho fez grande jogada, passou como quis pelo lado direito da defesa do vice-lider do Brasileirão e rolou para Marcos Rocha completar: 1 a 0. Jefferson, desta vez, ficou indeciso e vacilou. A vantagem antes do intervalo era tudo o que a equipe de Cuca queria, e a empolgação tomou conta da arquibancada do Independência.

Riscos, gols e vaga do Bota

A festa, no entanto, foi interrompida por Rafael Marques. Depois de bela jogada arrancada de Julio Cesar, Alex concluiu mal e acabou acertando uma assistência para o camisa 20, que, implacável, fez seu 16º gol na temporada e o quinto na Copa do Brasil, tornando-se artilheiro. A partir daí, o jogo ficou aberto de vez. Um grande jogo, diga-se, recheado de risco e alternativas, como nas outras duas vezes em que Atlético e Botafogo se encontraram recentemente.

Num cochilo de Seedorf, Tardelli roubou-lhe a bola, deu um drible da vaca em Dória e deixou Fernandinho na boa para voltar a colocar os mandantes em vantagem, aos 11 da etapa final. Faltava um golzinho para avançar, mais uma vez. E tempo de sobra. Eficiente, lá foi o Glorioso calar a torcida e mostrar que não entregaria a vaga facilmente. Dória, pouco depois, tocou na saída de Victor, aproveitando-se de bate a rebate na área após cabeçada sua.

Talvez sem forças para nova reação, o Galo não abdicou de lutar, mas agora já agredia de forma desordenada e sofria com contragolpes do Botafogo, que teve boas chances nos minutos finais. Cuca e Oswaldo de Oliveira fizeram alterações até os acréscimos, quando a bola incrível isolada por Réver zerou as fichas mineiras e estendeu a marca negativa. Para amenizar a dor, os torcedores fizeram questão de gritar "é campeão", em alusão ao triunfo no torneio continental.

Mas tiveram que ouvir "eliminado" dos rivais antes de voltar para casa.

GE

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